15 setembro 2008

No começo...

Desço as escadas, subo a escada, sento numa mesa em que eu possa ficar mais visível e espero. Até aí está tudo bem, mas quando meus olhos se batem com seus olhos eu desvio, não sei o que é que me dá se me deu a vontade de olhar e depois me veio à vontade involuntária (porque a vontade de descer as escadas e subir a escada eu posso controlar, mas simplesmente não quero!) de desviar esses olhares. E quando você não olha mais eu me levanto, pego alguns papeis, converso comigo mesma:

Eu penso:
- Será que ele não vai olhar de novo?


Meu “inconsciente” responde:
- Tomara que ele não olhe, porque se olhar você vai desviar de novo, de novo e mais uma vez.


Passando minhas unhas sob minhas sobrancelhas (um jeito poderosíssimo de me acalmar)...
- Mas dessa vez eu vou olhar! (e olhei!)

Perdi a respiração. Fiquei tentando desvendar aqueles olhos cor de mel. Primeiro lembrei de meu pai que tem os olhos com a mesma cor. Lembrei também de meu ex que tem também o mesmo tom de olhos só que os dele sempre diziam: “Vai embora que eu não te quero porque você não passa de uma pecadora”. Já ele, o novo, aaaaah.. Ele é lindo de qualquer forma. Acho que se ele falasse me diria olhando no fundo de meus olhos verdes: "Eu te quero do jeito que você é. Essa risada longa e suas frases bestas que faz qualquer pessoa ficar encantada!". Que sonho! Depois tentei decifrar o que ele tentava me dizer tão calado, tão lindo, tão sei lá o que! Passam tantas coisas em nossas mentes que depois desses pensamentos nem mesmo conseguimos lembrar no que estávamos pensando depois. Lembramos apenas do final. Eu lembrei do final: “Meu Deus, como eu pude passar tantos meses ao lado dessa figura ilustre e só agora me dei conta que é disso que eu preciso?”.
Eu quero viver com ele em um quarto bagunçado, lençol amassado, comida dormida, qualquer coisa. Qualquer coisa com ele!



Moral da história: “Olhar só pra dentro é o maior desperdício. Porque o amor pode estar do seu lado!”.