03 dezembro 2009

Com o tempo você aprende que seus pais não são as pessoas mais importantes de sua vida, e que ás vezes, uma semana vale mais que uma vida inteira, como eu aprendi. Com o tempo você aprende que seu cachorro não é só seu cachorro. Ele ( o cachorro ), é muito mais inteligente que nós mesmos quando sabem perdoar e vim correndo atrás da gente quando levam um chute de cinco metros de distância. Com o tempo você aprende que quem tem milhares de amigos não é amigo de ninguém. Olhe lá se de trezentos, cinco se salvam. Com o tempo você aprende que seus irmãos não são seus irmãos, e que aqueles cinco amigos que foram salvos valem mais do que eles. Com o tempo você aprende que a vida não é curta coisa nenhuma. Ela apenas é vivida intensamente ou não. Quem perdeu alguém muito querido entende. Eu compreendi quando perdi meu tio, sendo que qualquer lembrança dele me faz chorar me fazendo querer que ele volte do céu e reencarne em algum de meus filhos quando os tiver. Com o tempo você aprende que diploma num dá dinheiro á ninguém e que sua vontade de conquistar que faz os zeros de seu salário aumentar. Muitos analfabetos hoje são donos das maiores empresas mundiais. Lula é presidente, gente! Falando em presidentes, com o tempo você aprende que o racismo é uma forma das pessoas se esquivarem de si mesmas. Todo mundo, seja lá quem for e de que raça for tem alguma coisa a te acrescentar. Estou errada? Com o tempo você aprende que seus erros são erros mesmo, que seus pecados são seus pecados e por mais que você peça á Deus que o perdoe, tenho certeza que Ele vai lembrar pro grande 'juízo final'. Falando em esquecer ou apagar, com o tempo você aprende que as pessoas que te magoam vão ser sempre as pessoas que te magoaram. Quem te faz feliz você sempre lembra. Quem te magoa você rejeita e essa é a lei da vida. Quem só odeia lembra pra poder odiar. Quem rejeita esquece e acabou o assunto. Com o tempo você aprende que nem sempre o que você fala faz sentido aos ouvidos alheios e aos não alheios também. Com o tempo você aprende que o mundo está acabando e também com esse mesmo tempo você vai aprendendo que Jesus voltará. E não vai ser 'antes tarde do que nunca'.

11 outubro 2009

(...)

'Irmão, vivem me perguntando
Quem é minha gente, o que ela sente
Como é meu nome todo ...
Irmão, me falta disposição
Pra dar tanta explicação
Pra quem não entende nada
Pra quem não entende nada
Por isso eu canto, falando do meu pranto
Chorando minha mágoa
Que embora ninguém creia
É clara como água
Que embora ninguém creia, é clara ...
Quem me acha assim tão diferente
Quem pergunta sempre o que o meu peito sente
É porque não lê e não vê meu coração
Pra essa gente meu irmão
Eu respondo com um palavrão ...
Minha gente é gente aberta
Gente unida, gente certa
Somos reis, somos profetas
Somos sábios e poetas ...'

09 setembro 2009

(...)

"Ev'ry Time We Say Goodbye I die a little..."

Despertou. Foi até a janela e viu o sol brilhando. Um dia lindo de primavera. Sua vista era perfeita: de um lado a avenida beira-mar, do outro um grande manguezal. As pessoas andando e fazendo seus exercícios matinais. O mundo girando e se preparando para um novo ciclo. Primavera, Verão, Outono, Inverno.

Abriu a porta. Foi até a sala e o viu ainda dormindo no sofá. O homem da sua vida. Por um momento perdeu a noção do tempo: de um lado as malas prontas, do outro as passagens. O relógio girando e contando o tempo sem parar. O mundo girando e se preparando para um novo ciclo. Primavera. Verão. Outono. Inverno.

Despertou novamente. Encontrou-o olhando para sí. O homem da sua vida. Eles não conseguiram sorrir. Por um lado tinham plena convicção de que ainda se queriam muito, por outro sabiam que a relação não aguentaria as pressões que existiriam. O mundo. As estações.

Abriu a porta do banheiro. Não conseguia falar, nem pensar... nada. Apoiou-se sobre a pia e não conseguiu abrir a torneira. E então, fez a única coisa que havia prometido que não ia fazer: Chorou. Compulsivamente. Sem parar. Como uma tempestade de verão. Em plena primavera.

"...when you're near there's such an air of spring about it..."

Olhou-se no espelho. Falhara novamente. Havia prometido não cair mais nas mesmas armadilhas. Havia prometido deixar o mundo andar sozinho e não se envolver nestas coisas de relacionamento. Mas, a presença dele aquecia e o inverno passado havia sido muito frio. Ouviu batidas na porta. Não teve coragem de responder. Abriu rapidamente a ducha e meteu-se embaixo da água. Queria que todas as estações fossem levadas. Queria que o tempo passasse como num filme. Queria não sofrer, novamente. Queria que o mundo rodasse, rapidamente. Queria. Queria. Queria, muito.

Despertou. A pele murcha indicava quanto tempo havia ficado ali. Por um momento havia perdido a noção do tempo. O mundo girando e se preparando para um novo ciclo. Primavera, Verão, Outono, Inverno.

Abriu a porta. Encontrou a sala vazia. De um lado o sofá, do outro a sala às escuras. Tentou entender o que acontecia. Um silêncio sepulcral. Lá fora, uma chuva fina, típica do outono. As pessoas com roupas pesadas e guarda-chuvas andavam rapidamente buscando o abrigo de suas casas. Outra vez o mundo. Outra vez o outono.

"...but how strange the change from major to minor..."

(...)




'Começo a olhar as coisas como quem, se despedindo, se surpreende com a singularidade que cada coisa tem de ser e estar. Um beija-flor no entardecer desta montanha a meio metro de mim, tão íntimo, essas flores às quatro horas da tarde, tão cúmplices, a umidade da grama na sola dos pés, as estrelas daqui a pouco, que intimidade tenho com as estrelas quanto mais habito a noite! Nada mais é gratuito, tudo é ritual. Começo a amar as coisas com o desprendimento que só têm os que amando tudo o que perderam já não mentem.'

05 setembro 2009

(...)

Metade de mim quer voar,
a outra metade não sabe que possui asas...
Verdades se perdem, sentimentos se confudem, certezas são vagas...
Dentro de mim tem um outro eu,
é esta dualidade que me preocupa.


Metade de mim quer partir, a outra metade insiste em ficar...

12 agosto 2009

Um dia assistindo vale á pena ver de novo...

Sentada na frente da televisão assistindo os mesmos programas, mesmas novelas, mesmos jogos e mesmas celebridades frescas que só olham pro próprio rabo, ouvi alguém batendo no cadeado do portão. Levantei com aquele ar de:
- 'Que desgraça. Quando eu começo á gostar da novela, vem um diabo me chamar na porta!'.

E fui em direção ao portão bufando um ar de estresse e pensando:
- 'Que porra. Se a novela fosse filme dava pra dar pausa!'.

Chegando no portão, vi um menino de mais ou menos 14 anos em cima de uma bicicleta me perguntando:
- 'Tia, você tem algum trabalho pra mim? Que possa me pagar 10 reais? Eu estou juntando dinheiro para dar um butijão de gás pra minha mãe de presente!'.

Confesso que fiquei sem reação. Quem no século vinte colocaria pra dentro de sua própria casa um menino que nunca viu na vida? Sem saber se era um assaltante, um assassino, sequestrador, se ele guarda uma arma ou uma faca debaixo da blusa. Calmamente eu disse:
- Ô, meu querido! Meu quintal tá limpo, a louça tá lavada, meu quarto arrumei ontem e meu jardim já foi poldado essa semana. Infelizmente não tenho nada pra mandar você fazer!

O menino abaixou a cabeça e disse que não sabe mais onde procurar serviço. Que já foi na igreja pedir á Deus que coloque alguém em seu caminho para que de alguma forma sua vida podesse melhorar, mas que mesmo pedindo em oração ainda não conseguiu os 10 reais. Tirou o dinheiro que tinha no bolso e me mostrou como quem mostra um troféu e disse:
- Olha o que eu já consegui. O cara lá da rua disse que me fazia um butijão por 70 reais. Só tenho 60 e nos outros lugares custa 110.

Eu fiquei sem reação. Me passaram tantas coisas pela cabeça. A primeira delas foi que em minha casa têm três butijões e eu reclamo com minha mãe porque não como carne de boi e no dia ela não fez frango. Lembrei dos anos que estudei em colégios particulares, da educação que tive, da rua que eu moro e do amor que dou á minha família.
Pedi para o menino voltar mais tarde. Ele voltou. Só que quando ele voltou eu estava estressada com meu pai e deu um chega pra lá nele. Deixei ele conversando com meu pai na porta e fui pra meu quarto dormi. Nunca mais ele apareceu aqui na porta de casa.
Fiquei como coração partido e quando coloquei a cabeça no travesseiro pensei numa mensagem que me mandaram certa vez: Deus ás vezes se veste de mendigo pra ver quem ajuda. Alguma coisa desse tipo. Eu só espero que Deus tenha piedade de mim e veja que eu não fiz por mal.

09 agosto 2009

Quis pra minha vida, todo o tempo esperei...

Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água, pedra, sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
(...)
BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios.

06 agosto 2009

E no meio de tanta gente eu encontrei você...


Procurando motivos para não querer mais que sonhar me deparo com qualidades e incentivos que so me dizem para seguir. Não acho respostas para 90% das perguntas que faço para mim mesma não que eu seja vazia, mas por ter várias alternativas como um poço de sugestões de como ser, agir, querer... Crio ilusões, desfaço planos, dou a volta no mundo e paro em você. Paro e me sinto sem ar como se esse amor tomasse conta de meus pulmões apertando-os como a saudade aperta o meu coração. Loucura, ódio, terror... Nada disso! Só o amor que chegou em minha vida e encontrou nela um abrigo aconchegante, capaz de fazer o frio extinguir e a angústia transformar-se em vontade de chegar mais perto e poder tocar. Tocar não só o emocional como o físico.

Parece difícil quando o mundo dá idéias de quem duvida e sua fé vai se quebrando, virando grãos e logo após o pó. Os barrancos dos quais despenquei não deixaram meu corpo e alma fracos. Muito ao contrário. Deixaram-nos tão fortes que hoje sou capaz de usar meus superpoderes. Um deles é apontar o dedo e fazer as estrelas se moverem desenhando a letra 'B'. Com todos o brilho que elas possam demonstrar. Com esse fato minha fé se renova me fazendo acreditar em um amanhã sem chuva. E se for chuva, que sirva para apagar o fogo do toque.

Se ele quiser eu faço parar, ou mando chover mais. Faço o que for sempre, sempre e sempre. Amá-lo não é um favor que eu o faço e sim um serviço que eu presto em benefício á mim mesma sendo que os custos, ganhos e perdas me fazem sentir mais leve. Se ele ao menos soubesse que meu coração despara quando vejo a plaquinha do msn subindo, ou quando sinto o celular vibrando com uma mensagem dele, se ele soubesse que eu me sinto feliz em saber que ele está feliz, que eu cresço de uma simples menina pra uma gigantesca mulher quando ele me faz descobrir coisas que eu jamais teria descoberto sem um empurrãozinho dele, que mesmo distante minha cabeça viaja quilômetros em busca de soluções para nossos problemas que no fundo são fáceis de resolver...

Se ele soubesse também que até o último fio de cabelo de meu corpo é dele e de mais ninguém, que são dele as horas que eu passo na cama olhando para o forro e conversando com as estrelas, que são dele também meu sorriso, minha alma, meu coração, minhas dúvidas, meus deslizes, meus obstáculos e principalmente minhas vitórias. É dele a lágrima que corre no meu rosto de saudade e que eu tento esconder e não consigo. É dele o motivo de me vestir assim ou assado, de fazer isso ou aquilo, de beber, comer, VIVER. Eu sei que ele vai ler esse texto e ainda assim duvidará de alguns pontos e vírgulas, mas o que conta sempre é a vontade de tocá-lo e fazer uma conversa em trio. Eu ele e as estrelas.

05 agosto 2009

As estrelas brilham sem saber... ♪

Sentei na cama e esperei as idéias virem em minha mente como quem espera pela chegada de quem um dia sonhamos em ter nos braços. Só imaginação? Não! Vontade de querer. Para muitos, só saudade! Para mim, mais que um simples beijinho no canto da boca que deixa muita gente sonhando a noite toda acordada, ou então esquece dentro do baú e se comportam como se fosse apenas mais um beijo. Foi como se o chão se abrisse e o céu ficasse mais próximo me fazendo pegar nas estrelas e melar minha mão com aquele incrível brilho. Estrelas não falam... Estrelas indicam. Indicam amor, paz, caminhos, fronteiras. Indicam principalmente a falta de limites que alguns insistem em chamar de rebeldia. Aquela vontade de querer fazer o que o mundo diz 'não faça' por causa de um ou dois argumentos. Estrelas indicam o infinito. Infinito do que muitos dizem ter fim. O amor tem fim? Não, o amor não tem fim não! Como pode ter fim uma coisa que se iguala ás estrelas? Logo aqueles pontinhos brilhantes que vimos quase todos os dias no céu beirando ás 6 da tarde? Não podemos dizer que esses pontinhos se apagaram só porque o céu está nublado. E é isso o que faz de parte da humanidade viver com argumentos. Acreditar na opinião de outro coração e não do seu. Voltando ao assunto 'amor', ele não acaba como as estrelas não acabam. O amor não tem limites como as estrelas também não têm. O amor não tem tamanho, cor, e principalmente distância. Ninguém deixa de adimirar as estrelas só porque não podemos toca-las, verdade? Perguntamos ás pessoas o que fazer quando nem essas pessoas sabem o que elas fazem da própria vida. E mesmo assim elas insistem em dar o conselho que nós ficamos dando voltas em pensamentos sem saber se seguimos ou não. A resposta para todas as perguntas acima está dentro de uma pessoa que não é igual nem pode ser substituida por ninguém no mundo: VOCÊ. Voltando ás estrelas, nessa noite o céu estava nublado, mas do mesmo jeito eu não deixo de lembrar da existência das mesmas.

26 julho 2009






Cores.

Eu e ele.

Tenho aprendido tantas coisas nos últimos tempos. A primeira delas: os dias passam mais rápido e eu vou percebendo o quanto eu sou inocente diante de pessoas, palavras ou fatos. Queria agir como uma heroína diante de diversas situações em que eu saio como a 'ovelha negra'. Não sei como falar, agir, me comportar. Saber mentir, camuflar, me tirar do bolo, é muito mais difícil do que eu imaginava. A segunda delas: a saudade não é só uma dor emocional como também física. Nas últimas horas tenho sentido como se uma faca de cozinha apunhalasse meu coração partindo não só artérias e músculos como também sentimentos! É mais forte do que eu querer pensar quando eu não deveria lembrar de certos momentos e gestos de carinho sem desigualdades. No último dia que nos vimos foi como o sol nascendo e iluminando/esquentando quem não tem onde passar o frio. Sonhar já faz parte de meu vocabulário há anos e não tem mais como conjugar o verbo sem a pessoa, não é verdade? Eu e ele sempre. Nós, vós e eles não pronuncio. Eu e ele basta como goiabada com requeijão, sol e mar, o lindo e o feio, o branco e o preto, o normal e o perplexo, o ontem, o hoje, o amanhã. Eu não sei o que eu sou se não saber o que ele é. Primeiro eu penso nele e depois em mim. Faço coisas que jamais teria feito se não pensasse na existência dele. Sobre a inocência, também posso dizer que sou inocente ás frases de amor, ás mensagens, ás mil e uma palavras de amor que se entram em meu coração insistem em não sair. Quem vai dizer que é certo ou errado quando o errado pra mim é o certo e o certo pra mim sempre vai ser certo? Verdade ou mentira? EU ME RENDO! Pelo o que eu vejo, ouço, sinto, se o que ele diz não ter possibilidades de ser verdade, garanto que essas mentiras sejam bastante covenientes em me fazer acreditar á cada minuto que tudo tem uma solução. Inclusive eu e ele. Não tem como saber e não passam de palpites sob as minhas mãos. Seguimos em frente e apontamos pra Fé então...

15 julho 2009

- ∞

Ser ou não ser? Eis α questão.Será mαis nobre sofrer nα αlmα pedrαdαs e flexαdαs do destino feroz ou pegαr em αrmαs contrα o mαr de αngústiαs e combαter ou dαr-lhes o fim? Morrer, dormir, só isso... E com o sono dizem extinguir dores do corαção e αs mil mαzelαs nαturαis á que α cαrne é sujeitα. Eis umα consumαção αrdentemente desejável: Morrer, dormir. Dormir, tαlvez sonhαr. Aí está o problemα: Os sonhos que virão no sono dα morte quαndo tivermos escαpαdo αo tumulto dα vidα nos obrigαm α exitαr. E é essα α reflexão que dá á desventurα umα vidα tão longα. Pois quem suportαriα o αssúdio e os insultos do mundo? Afronto do pelouro, desdém do orgulhoso, αs pontαdαs do αmor humilhαdo, αs delongαs dα lei, α prepotênciα do governαnte e o αchincαlhe que o homem pαciente e dedicαdo recebe dos inúteis podendo ele próprio encontrαr seu repouso com um simples punhαl. Quem αguentαriα fαrdo, gemendo e suαndo numα vidα servil por senão temer αlgumα coisα após α morte? O pαís não descoberto de onde jαmαis voltou nenhum viαjαnte? Se confunde α vontαde: Nos fαz preferir e suportαr os mαles que já temos á fugirmos pαrα outros que desconhecemos. Assim α reflexão fαz todos nós covαrdes. Assim α forçα nαturαl de umα decisão se trαnsformα em fétido pensαmento e empreitαdαs de vigor e corαgem refletidαs demαis sαem de seu cαminho e perdem o nome de αção. Mαis devαgαr αgorα, belα Oféliα, ninfα. Em tuαs orαções sejαm lembrαdos todos os meus pecαdos.

''E quem disse αmor, que quebrαr vidrαçαs e não ter certezα de mαis nαdα não αquece o peito? Outrα bebidα então.'

03 julho 2009



'Hoje eu αcordei mαis cedo e fiquei te olhαndo dormir! Imαginei um tão suposto medo, pαrα que logo podesse te cobrir.Tenho cuidαdo de você todo esse tempo; Em você está todo o meu αbrαço, minhα proteção. Tenho visto você errαr e crescer, αmαr e voαr... Você sαbe αonde pousαr! Ao αcordαr já terei pαrtido: ficαrei de longe escondido, mαs sempre perto, decerto, como se eu fosse humαno, vivo, vivendo prα te cuidαr, te proteger sem você me ver. Sem sαber quem eu sou: se sou αnjo ou se sou seu αmor...'

01 julho 2009

Dentro de tudo que cabe em ti. ~

Querendo ou não, preciso de você pra que eu possa ter por quem viver. Pra que eu possa melhorar, fazer o bem e não olhar a quem, sorrir e seguir em frente. Quantas vidas se destróem por não saber viver? Mais quantas pessoas se tornam infelizes por não saber amar? Chegou sem eu pedir, mas Deus já sabia que eu precisava de um motivo. E esse motivo pode não saber meu nome, nem tampouco se eu torço pro São Paulo ou Conrinthians, se eu sei mais de química ou literatura. Veio do nada. Nú de informações como uma criança no primeiro dia de colegial. Quem te disse que eu desconheço a tal milenar arte do amor?


- 'Captura minhas intenções
Me atura no coração
Seja então menos exigente
Porque a gente já tem o bastante!'

Não tenho respostas pra perguntas do tipo... Se a casa é mal assombrada então os fantasmas não trabalham direito? Surgiu como um clarão. Tava tudo se apagando na minha mente e um alguém que eu também não sei o nome me tira do escuro e ascende as lamparinas do meu juízo e do meu coração. Eu não sei se ele torce pro Vasco ou outro time, se toma três banhos por dia, ou até mesmo se ele quer juntar as escovas de dentes, jogar buraco e deixar o amor acontecer... O importante ele já fez: serviu de borracha e plantou uma nova flor no meu jardim.

- 'Você tem outras qualidades
E pode me dar as costas
Até o amor virar poeira
Só não compensa
Apagar a chama, negar os fatos
Sua presença
Como um sol me chama a vida inteira
Ilusão, eu quero crer que não...'

Se depender de mim não precisa dizer sim. Do jeito que tá, tá bom! Na confusão do dia-a-dia, no sufoco de uma dúvida, na dor de qualquer coisa... Eu te espero. O oásis pr'o amor sei onde fica. Fica nesse coração imenso que eu tenho e que te guarda mesmo com seus 1,97 de altura. E eu te espero! É que o tempo nos espera. Semanas e meses. E o tempo é uma febre! Anos sem curas. É que o tempo nos espera sem enredos, sem preces... Procurei por alguém estes dias sem qualquer lugar...Ele é suave assim, e sabe quase tudo de mim. Ele sabe onde eu queria estar, enfim!

- 'Seu desejo é meu início e eu estou tão perto agora, eu sei...'

16 junho 2009

Quem irá nos proteger?

Fechei as janelas, troquei a roupa de cama, arrumei as gavetas e sorri. Aliviada de sentir o cheirinho de jasmim tomar conta do quarto saí e fechei a porta. Não paro pra deitar na cama e olhar para o céu faz semanas. Descobri algo que muita gente procura e ninguém consegue enxergar dentro de si mesmo: A falicidade e o amor próprio. Descobri que ser feliz é ser você. E pra fazer alguém feliz precisamos ser felizes primeiro. Pra achar alguém bonito temos que nos achar no mínimo um Brad Pitt ou uma Anjelina Jolie. Como em todos os outros momentos de felicidade, só quem vive sabe que o amor é crueldade, ao mesmo tempo lealdade, e bem maior que dois corações! Venho aqui no dia de hoje só pra dizer que esse sorriso aí do lado tá demorando pra sair. Que minhas conquistas estão fazendo de mim uma criança gigantesca e que meus brinquedos mudaram. Todos os dias ao acordar lembro de todas as partes felizes do dia que se passou e tento esquecer o que não me cabe lembrar! Quanto à ele? Ah... 'Ele' não existe no meu vocabulário. O 'eu' chegou e não quer sair. Tomou as chaves de minha mão, arrumou a casa e deixou pintado de branco o meu coração. A paz não vem de fora e sim de dentro! =D

29 abril 2009

Uma noite mágica...

Eram três horas da manhã quando olhei o relógio do celular e me dei conta que há vários dias não venho conseguido dormir mais cedo que isso. O clima estava ameno, aquele mormaço de ‘pós chuva’ que me faz cobrir com uma manta quase nunca usada. No meu quarto as janelas que ficam abertas na maior parte do dia pareciam maiores e mais bonitas quando vistas de minha cama na noite negrume apreciadas apenas com a luz do luar. Diferente das outras noites eu não estava bem á vontade para dormir e meus olhos estavam acesos como se o chá preto com leite que tomei mais cedo fosse um despertador.

Minha mente começou á rodopiar pensando em mil coisas ao mesmo tempo. Tentava fechar os olhos, mas minha cabeça agora me dava às ordens me forçando á pensar em coisas jamais imaginadas antes e para isso eu tinha que comprovar que não estava sonhando olhando pro céu que agora estava limpo e cheio de estrelas. Não sendo muito diferente dos outros dias, comecei á inventar possibilidades de vida, como uma viagem que se determina o destino, hora de partida e de chegada, e o que vamos encontrar lá depois.

Enquanto minhas idéias se entrelaçavam feito crochê o tempo passava deixando á cada hora um tipo de constelação diferente. Logo me veio a idéia de alguns meses atrás: o mundo gira. Pensei no quanto eu fui abrutalhada naquela época e em como meus sentimentos estavam tão presos que não conseguia me expressar de uma forma que quem estivesse ao meu lado me entendesse. Quando comecei á relacionar todos os defeitos pensei nas promessas que me fiz e que ainda não cumpri, nas palavras esperando o momento certo para serem ditas, e principalmente na coragem de dar o primeiro passo estando com o pé quebrado. Quem já viveu essa conjuntura entende meu pondo de vista.

Olhei pelas grades abóbora meio salmão da janela de novo e vi o Cruzeiro do Sul. Não sei porque, mas as estrelas em formato de cruz na mesma direção do terço feito de madeira que estava pendurado na grade me deu uma extrema força. Daí, lembrei também da fé que eu tinha e que tenho que readquirir de alguma forma. Restaurar meus sentimentos seria uma boa idéia. Meus pensamentos agora estavam de desfazendo como se as pontas do tecido que estava sendo entrelaçado estivessem se soltando por si só. Em cada ponto de agulha para fazê-lo tinha um pouco de problemas e á cada ponto desfeito tinha uma solução.

O admirável agora virou desprezível. Depois de todas as respostas encontradas para uma só pergunta senti meus pés mais quentes do que o restante do corpo. Finalmente consegui dormir e sonhei com àquela pessoa me dizendo baixinho: - ‘O fundamental não é o amor, mas a vontade de não querer ficar sozinho!’. Olhei para a janela e vi o céu azul bebê sem nuvens. Com um calor fora do comum tirei o cobertor de cima da metade de meu corpo e olhei para o forro. Amanheceu, é hora de voar...

16 abril 2009

Tão bem como ninguém...

Como uma dança? Mais que dois pra lá, dois pra cá... Eu fechei os olhos. É possível sonhar acordada quando o nosso sonho está tão perto! Uma mistura de Smirnoff Ice com meu perfume 212, o aroma inexplicável. Eu nunca perguntei que perfume ele usa, até porque, querendo ou não, o tempo que passamos juntos não deu pra perguntar sobre coisas tão abstratas quando o físico diz tudo. O que eu sei é que tudo combinada e era controverso ao mesmo tempo. Cada toque, cada passo e a música? Ah. A música também insistia em combinar. As danças e a poesia interligadas. Poderia citar Ana Carolina, Chico Buarque, Lenine, Kid Abelha ou outras bandas que muita gente acha que são as únicas que possuem letra. A primeira coisa que vi quando fui comprar licor de chocolate na barraca do Arraial foi ele. Com uma blusa preta nada despojada, calça jeans e sem querer olhei para os pés. Vi um tênis branco que me deixou á pensar: ‘Será que ele sabe dançar?’. Vi a sombra celha separada, diferente de dois anos atrás quando ele foi me ver no colegial me pedindo um beijo que me senti inocente o bastante para dar. Um ‘Oi’ saiu de minha boca, mas ficou tão reprimido que nem mesmo o vendedor que insistia em me dar o troco ouviu. Foi ali que terminamos de consumar o fato de que havia mais que um casal e milhares de pessoas ao redor com uma banda de forró. Havia sentimentos...
¨¨
‘As ruas desse lugar conhecem bem as noites longas, as noites pálidas
Quando eu te procurava. As casas desse lugar se lembrarão
Do nosso abraço, da sombra insólita, espelho azul no chão
As ruas desse lugar, agora eu sei, sempre escutaram a nossa música
Quando eu te respirava. As pedras municipais se impregnaram
Da dupla imagem, da dupla solidão, a sombra ali no chão
E lá no céu constelações num arranjo inusitado
O seu nome desenhado, pelo menos tinha essa ilusão
Se buscavam como a gente, pelo menos tinha essa ilusão
São milhares de estrelas singulares, letras vivas no céu.’
...
E ninguém viu. Somente eu e ele. Depois de meia hora tirei a prova: Ele sabe dançar. Tudo se encaixou. Minhas pernas na dele, a música, meu licor de chocolate com o licor de maracujá dele. Minha blusinha branca, calça jeans preta e sandália salto fino ficaram tão simples quanto as palavras que ele me dizia. Nada mudou durante os dois anos passados. Quem antes puxava os pêlos de meu braço no portão do colégio exigindo um beijo pra não dar viagem perdida, agora puxava minha calça folgada nas pernas e olhava em meus olhos me pedindo um pedaço do mundo pra que ele pudesse viver. Eu me senti como se estivesse descobrindo um novo ser. O meu ser dentro dele. Meus olhos brilhavam e no dois pra lá, dois pra cá minhas pernas bambearam. Será que só eu sentia isso? A primeira música que dançamos...
***
‘Você entrou na minha vida de repente
E me pegou de corpo aberto sem querer
Amar de novo pra não sentir novamente
O gosto amargo da saudade e do sofrer
Ai você se aproveitou dessa fraqueza
Fez o seu jogo de amor e sedução
Entrou no jogo e pra ganhar, virou a mesa
E como premio conquistou meu coração
O que sera que fez você chegar assim tão de mansinho
Fazendo tudo pra ganhar o meu carinho
Fazendo tudo pra ganhar o meu amor
E encontrou a porta aberta sem ferrolho e sem tramela
E no meu peito a cicatriz com o nome dela
Ai você apostou tudo e me ganhou’
***
O tempo acabou, como na maioria das vezes que nos encontramos. Foi bom cronometrar pra que cada minuto fosse importante. O primeiro dia se passou e os outros não foram diferentes. Passamos sete meses assim. Vivendo como se cada segundo fosse o último até ele se cansar de amar. ‘Você me ama demais. Me maltrate mais. Me deixe mais.’. E o meu mundo caiu, mesmo meu nome sendo Danielle e não Maysa. ( Risos ). Tempestades, palavras sem pensar e eu dei motivos. Hoje, depois de nove meses, tirei lições que jamais teria aprendido se ele não estivesse passado nas estradas de meu coração. Aprendi á ser eu. Viver e deixar coisas inúteis de lado. A vida passa tão depressa. Não vou dizer que esqueci e que vivo nas maravilhas porque me contradizer é a última coisa que quero. Ouço músicas depressivas, choro de vez em quando e pergunto pra Deus se ele tem uma resposta pra tudo o que aconteceu.
***
Vou bater porta pra quem abusou de mim
Esse meu rosto triste não nasceu assim
Era bonito que nem flor de croata
E então zangado era danado pra cheirar
Tinha alegria que jorrava noite e dia
Mas se excedeu pra um tal malvado de um amor
Que não deu gosto, só deu desgosto e tudo em fim
Foi até bom que me ensinou a ser ruim.’