15 outubro 2008

EXTREMA ATENÇÃO AO COMUNICADO!

Não vou mentir: estou simplesmente a-do-ran-do isso! É perfeito ter alguém que me dê atenção exclusiva e que ainda se dê ao trabalho de me perpetuar [claro, porque eu sei identificar uma imitação, ainda que barata]. Mas o que eu não posso deixar barato é que me imitem sem saber que, no fundo, eu adoro. Só não desejo guerrinhas; meu blog é muito especial pra eu o usar como munição. Por isso, te declaro: pode continuar fazendo seu melhor, meu pés ainda estão muito no alto pra você os alcançar.

Ahhh... o amor!

Associamos diversas palavras ao amor: paixão, romance, sexo, adrenalina, palpitação. Esquecemos, no entanto, da palavra que viabiliza esse sentimento: paciência. Amor sem paciência não vinga. Amor não pode ser mastigado e engolido com emergência, com fome desesperada. É preciso degustar cada pedacinho do amor, no que ele tem de amargo e de macio, os nervos do amor, as gorduras do amor... Podemos esperar todo o resto: emprego, dinheiro, sucesso, mas não passaremos mais um dia sequer sozinhos; 'te adoro', dizemos sei lá pra quem, para quem tiver ouvidos e souber responder 'eu também', que a gente está mais a fim de acreditar do que se relacionar.
'sem a chama da verdade
pouco dura o riso na face
todo disfarce teme a claridade
não cabe prece onde é preciso passo
pouco vale o amor na falta de abraço
e pra quem não sabia ou ignora
de fato onde mora o calor
a canção não está na viola
mas no coração do tocador.'


O Sol me chama...

-Que tal um beijo, Saumensch?

Ficou parado mais alguns instantes, com água pela cintura, antes de sair do rio e lhe entregar o livro. Tinha as calças grudadas no corpo e não parou de andar. Na verdade, acho que ele sentiu medo. Rudy Steiner ficou com medo do beijo da menina que roubava livros. Devia ter ansiado muito por ele. Devia amá-la com uma intensidade incrível. Tanto que nunca mais tornaria a lhe pedir seus lábios, e iria para sua sepultura sem eles.


A menina que roubava livros.