02 abril 2010

Mais um dia se vai...

Tinha até esquecido da existência disso aqui.

Grandes coisas aprendi nesse meio tempo que não escrevo. A primeira delas é que quando um não quer, dois não brigam. A segunda é que você nunca pode deixar de ser você mesmo. Não pode mudar de caráter, não pode ser influenciado. Cabeça limpa de todos e de tudo. A terceira delas é que na maioria das vezes, quando não sabemos muito o que fazer, é porque realmente não há nada a que fazer. Tentamos, quebramos a cara, e depois repetimos tudo de novo a menos que o erro tenha deixado marcas. Daí, quando você vai em cima da cicatriz antiga e faz uma outra ferida, ela fica funda. Nunca apaga. Depois... Só depois disso, nunca repetimos o mesmo erro que antes. Demorou pra que eu aprendesse isso, mas é a velha ideia: antes tarde do que nunca. Quarta coisa que aprendi e que serve como dica: nunca saia de perto de sua terra, de sua família, de seus amigos. Não deixe para trás uma vida inteira pra recomeçar em outro lugar. Aquela historinha de que recomeçar, não se apegar, não ficar fixo em uma coisa só pra mim são puras ilusões. Quem fez e se deu bem, parabéns. Eu não tô me dando. Aí vem aquela indecisão e a vontade de partir e recomeçar a velha vida que deixou pra trás. Num pense nisso. Pense em dar continuidade. Se eu continuar escrevendo vou ter que produzir uns 300 textos. Então a minha ideia e não conselho que fica hoje é que aconteça o que acontecer, mantenha a cabeça erguida e a espinha ereta. Eu conto os dias pra voltar pra minha terra.

22 janeiro 2010

Pouco tempo parece muito.

Estive bem perto de querer fugir. Depois pensei que seja lá pra onde quer que eu fosse, iria sozinha. Permaneceria sozinha sempre se não fosse por um certo homem que encontrei na cidade que esperava que fosse o fim do mundo mais que virou um paraíso com o próprio. Queria ficar, mesmo sabendo que nada nunca iria mudar. Nunca é uma palavra muito forte. Todos dizem 'nunca diga nunca'. Orientação nunca foi meu forte. Quer dizer... Eu nunca tive um 'forte'. Nem forte, nem farol, nem luz, nem nada. Nada é outra palavra muito forte. Outrora eu deixei de acreditar que fosse ser alguma coisa em algum lugar. Que iria fazer falta para aqueles que deixei na minha antiga cidade acreditando na pessoa 'boa' que sou. Quanto as outras, que saí de lá sem um abraço, sem um 'tchau, volte logo, tô com saudades', eu nem comento. Por algum motivo muito incrédulo elas deixaram de sentir saudade. De mim claro. E na mente delas eu sou totalmente errada e impossível de lidar. Que pena. Eu queria não ter dois lugares para onde ir neste momento. Ou meu namorado, ou minha tia. Tem outras opções também como virar mendiga, ou então me inscrever no quadro 'De volta pra minha terra' no Gugú. Fazer uma viagem longa, virar uma sofredora nata do nordeste baiano para que depois de alguns anos e muito suor eu consiga crescer e conte minha história de vida na última parte da novela 'Viver a vida'. É. Ao mesmo tempo que é triste sair daqui e abandonar aqueles que eu acredito que um dia me amaram irresistivelmente, na saúde e na doença, acho que se eu ficar doente e saudável nada vai mudar da mesma forma se continuar dentro dessa casa, mas como o destino nos prega peças irrevogáveis e eu acabei passando numa federal nessa 'abençoada' cidade, penso em ficar. Permanecer aqui daria no mesmo que me acorrentar. Eu mesma pegando correntes e passando sob meus pulsos e minhas canelas fazendo com que fiquei presa sempre aqui. Eu nunca soube o que o destino quer de mim. Destino pra mim se traduz em: Vontade do Criador em fazer você aprender sobre cada vírgula que você desenha. Com certeza eu vou aprender muito por aqui, mas sei que o meu melhor lugar é dentro de mim mesma em qualquer outro lugar que não seja Campo Novo do Parecis.