03 dezembro 2009
11 outubro 2009
(...)
Quem é minha gente, o que ela sente
Como é meu nome todo ...
Irmão, me falta disposição
Pra dar tanta explicação
Pra quem não entende nada
Pra quem não entende nada
Por isso eu canto, falando do meu pranto
Chorando minha mágoa
Que embora ninguém creia
É clara como água
Que embora ninguém creia, é clara ...
Quem me acha assim tão diferente
Quem pergunta sempre o que o meu peito sente
É porque não lê e não vê meu coração
Pra essa gente meu irmão
Eu respondo com um palavrão ...
Minha gente é gente aberta
Gente unida, gente certa
Somos reis, somos profetas
Somos sábios e poetas ...'
09 setembro 2009
(...)
"Ev'ry Time We Say Goodbye I die a little..."
Despertou. Foi até a janela e viu o sol brilhando. Um dia lindo de primavera. Sua vista era perfeita: de um lado a avenida beira-mar, do outro um grande manguezal. As pessoas andando e fazendo seus exercícios matinais. O mundo girando e se preparando para um novo ciclo. Primavera, Verão, Outono, Inverno.
Abriu a porta. Foi até a sala e o viu ainda dormindo no sofá. O homem da sua vida. Por um momento perdeu a noção do tempo: de um lado as malas prontas, do outro as passagens. O relógio girando e contando o tempo sem parar. O mundo girando e se preparando para um novo ciclo. Primavera. Verão. Outono. Inverno.
Despertou novamente. Encontrou-o olhando para sí. O homem da sua vida. Eles não conseguiram sorrir. Por um lado tinham plena convicção de que ainda se queriam muito, por outro sabiam que a relação não aguentaria as pressões que existiriam. O mundo. As estações.
Abriu a porta do banheiro. Não conseguia falar, nem pensar... nada. Apoiou-se sobre a pia e não conseguiu abrir a torneira. E então, fez a única coisa que havia prometido que não ia fazer: Chorou. Compulsivamente. Sem parar. Como uma tempestade de verão. Em plena primavera.
"...when you're near there's such an air of spring about it..."
Olhou-se no espelho. Falhara novamente. Havia prometido não cair mais nas mesmas armadilhas. Havia prometido deixar o mundo andar sozinho e não se envolver nestas coisas de relacionamento. Mas, a presença dele aquecia e o inverno passado havia sido muito frio. Ouviu batidas na porta. Não teve coragem de responder. Abriu rapidamente a ducha e meteu-se embaixo da água. Queria que todas as estações fossem levadas. Queria que o tempo passasse como num filme. Queria não sofrer, novamente. Queria que o mundo rodasse, rapidamente. Queria. Queria. Queria, muito.
Despertou. A pele murcha indicava quanto tempo havia ficado ali. Por um momento havia perdido a noção do tempo. O mundo girando e se preparando para um novo ciclo. Primavera, Verão, Outono, Inverno.
Abriu a porta. Encontrou a sala vazia. De um lado o sofá, do outro a sala às escuras. Tentou entender o que acontecia. Um silêncio sepulcral. Lá fora, uma chuva fina, típica do outono. As pessoas com roupas pesadas e guarda-chuvas andavam rapidamente buscando o abrigo de suas casas. Outra vez o mundo. Outra vez o outono.
"...but how strange the change from major to minor..."
(...)

05 setembro 2009
(...)
a outra metade não sabe que possui asas...
Verdades se perdem, sentimentos se confudem, certezas são vagas...
Dentro de mim tem um outro eu,
é esta dualidade que me preocupa.
12 agosto 2009
Um dia assistindo vale á pena ver de novo...
- 'Que desgraça. Quando eu começo á gostar da novela, vem um diabo me chamar na porta!'.
E fui em direção ao portão bufando um ar de estresse e pensando:
- 'Que porra. Se a novela fosse filme dava pra dar pausa!'.
Chegando no portão, vi um menino de mais ou menos 14 anos em cima de uma bicicleta me perguntando:
- 'Tia, você tem algum trabalho pra mim? Que possa me pagar 10 reais? Eu estou juntando dinheiro para dar um butijão de gás pra minha mãe de presente!'.
Confesso que fiquei sem reação. Quem no século vinte colocaria pra dentro de sua própria casa um menino que nunca viu na vida? Sem saber se era um assaltante, um assassino, sequestrador, se ele guarda uma arma ou uma faca debaixo da blusa. Calmamente eu disse:
- Ô, meu querido! Meu quintal tá limpo, a louça tá lavada, meu quarto arrumei ontem e meu jardim já foi poldado essa semana. Infelizmente não tenho nada pra mandar você fazer!
O menino abaixou a cabeça e disse que não sabe mais onde procurar serviço. Que já foi na igreja pedir á Deus que coloque alguém em seu caminho para que de alguma forma sua vida podesse melhorar, mas que mesmo pedindo em oração ainda não conseguiu os 10 reais. Tirou o dinheiro que tinha no bolso e me mostrou como quem mostra um troféu e disse:
- Olha o que eu já consegui. O cara lá da rua disse que me fazia um butijão por 70 reais. Só tenho 60 e nos outros lugares custa 110.
Eu fiquei sem reação. Me passaram tantas coisas pela cabeça. A primeira delas foi que em minha casa têm três butijões e eu reclamo com minha mãe porque não como carne de boi e no dia ela não fez frango. Lembrei dos anos que estudei em colégios particulares, da educação que tive, da rua que eu moro e do amor que dou á minha família.
Pedi para o menino voltar mais tarde. Ele voltou. Só que quando ele voltou eu estava estressada com meu pai e deu um chega pra lá nele. Deixei ele conversando com meu pai na porta e fui pra meu quarto dormi. Nunca mais ele apareceu aqui na porta de casa.
Fiquei como coração partido e quando coloquei a cabeça no travesseiro pensei numa mensagem que me mandaram certa vez: Deus ás vezes se veste de mendigo pra ver quem ajuda. Alguma coisa desse tipo. Eu só espero que Deus tenha piedade de mim e veja que eu não fiz por mal.
09 agosto 2009
Quis pra minha vida, todo o tempo esperei...
06 agosto 2009
E no meio de tanta gente eu encontrei você...

05 agosto 2009
As estrelas brilham sem saber... ♪
26 julho 2009
Eu e ele.
15 julho 2009
Ser ou não ser? Eis α questão.Será mαis nobre sofrer nα αlmα pedrαdαs e flexαdαs do destino feroz ou pegαr em αrmαs contrα o mαr de αngústiαs e combαter ou dαr-lhes o fim? Morrer, dormir, só isso... E com o sono dizem extinguir dores do corαção e αs mil mαzelαs nαturαis á que α cαrne é sujeitα. Eis umα consumαção αrdentemente desejável: Morrer, dormir. Dormir, tαlvez sonhαr. Aí está o problemα: Os sonhos que virão no sono dα morte quαndo tivermos escαpαdo αo tumulto dα vidα nos obrigαm α exitαr. E é essα α reflexão que dá á desventurα umα vidα tão longα. Pois quem suportαriα o αssúdio e os insultos do mundo? Afronto do pelouro, desdém do orgulhoso, αs pontαdαs do αmor humilhαdo, αs delongαs dα lei, α prepotênciα do governαnte e o αchincαlhe que o homem pαciente e dedicαdo recebe dos inúteis podendo ele próprio encontrαr seu repouso com um simples punhαl. Quem αguentαriα fαrdo, gemendo e suαndo numα vidα servil por senão temer αlgumα coisα após α morte? O pαís não descoberto de onde jαmαis voltou nenhum viαjαnte? Se confunde α vontαde: Nos fαz preferir e suportαr os mαles que já temos á fugirmos pαrα outros que desconhecemos. Assim α reflexão fαz todos nós covαrdes. Assim α forçα nαturαl de umα decisão se trαnsformα em fétido pensαmento e empreitαdαs de vigor e corαgem refletidαs demαis sαem de seu cαminho e perdem o nome de αção. Mαis devαgαr αgorα, belα Oféliα, ninfα. Em tuαs orαções sejαm lembrαdos todos os meus pecαdos.
03 julho 2009

01 julho 2009
Dentro de tudo que cabe em ti. ~
Querendo ou não, preciso de você pra que eu possa ter por quem viver. Pra que eu possa melhorar, fazer o bem e não olhar a quem, sorrir e seguir em frente. Quantas vidas se destróem por não saber viver? Mais quantas pessoas se tornam infelizes por não saber amar? Chegou sem eu pedir, mas Deus já sabia que eu precisava de um motivo. E esse motivo pode não saber meu nome, nem tampouco se eu torço pro São Paulo ou Conrinthians, se eu sei mais de química ou literatura. Veio do nada. Nú de informações como uma criança no primeiro dia de colegial. Quem te disse que eu desconheço a tal milenar arte do amor?
Não tenho respostas pra perguntas do tipo... Se a casa é mal assombrada então os fantasmas não trabalham direito? Surgiu como um clarão. Tava tudo se apagando na minha mente e um alguém que eu também não sei o nome me tira do escuro e ascende as lamparinas do meu juízo e do meu coração. Eu não sei se ele torce pro Vasco ou outro time, se toma três banhos por dia, ou até mesmo se ele quer juntar as escovas de dentes, jogar buraco e deixar o amor acontecer... O importante ele já fez: serviu de borracha e plantou uma nova flor no meu jardim.
Se depender de mim não precisa dizer sim. Do jeito que tá, tá bom! Na confusão do dia-a-dia, no sufoco de uma dúvida, na dor de qualquer coisa... Eu te espero. O oásis pr'o amor sei onde fica. Fica nesse coração imenso que eu tenho e que te guarda mesmo com seus 1,97 de altura. E eu te espero! É que o tempo nos espera. Semanas e meses. E o tempo é uma febre! Anos sem curas. É que o tempo nos espera sem enredos, sem preces... Procurei por alguém estes dias sem qualquer lugar...Ele é suave assim, e sabe quase tudo de mim. Ele sabe onde eu queria estar, enfim!
16 junho 2009
Quem irá nos proteger?

29 abril 2009
Uma noite mágica...
Minha mente começou á rodopiar pensando em mil coisas ao mesmo tempo. Tentava fechar os olhos, mas minha cabeça agora me dava às ordens me forçando á pensar em coisas jamais imaginadas antes e para isso eu tinha que comprovar que não estava sonhando olhando pro céu que agora estava limpo e cheio de estrelas. Não sendo muito diferente dos outros dias, comecei á inventar possibilidades de vida, como uma viagem que se determina o destino, hora de partida e de chegada, e o que vamos encontrar lá depois.
Enquanto minhas idéias se entrelaçavam feito crochê o tempo passava deixando á cada hora um tipo de constelação diferente. Logo me veio a idéia de alguns meses atrás: o mundo gira. Pensei no quanto eu fui abrutalhada naquela época e em como meus sentimentos estavam tão presos que não conseguia me expressar de uma forma que quem estivesse ao meu lado me entendesse. Quando comecei á relacionar todos os defeitos pensei nas promessas que me fiz e que ainda não cumpri, nas palavras esperando o momento certo para serem ditas, e principalmente na coragem de dar o primeiro passo estando com o pé quebrado. Quem já viveu essa conjuntura entende meu pondo de vista.
Olhei pelas grades abóbora meio salmão da janela de novo e vi o Cruzeiro do Sul. Não sei porque, mas as estrelas em formato de cruz na mesma direção do terço feito de madeira que estava pendurado na grade me deu uma extrema força. Daí, lembrei também da fé que eu tinha e que tenho que readquirir de alguma forma. Restaurar meus sentimentos seria uma boa idéia. Meus pensamentos agora estavam de desfazendo como se as pontas do tecido que estava sendo entrelaçado estivessem se soltando por si só. Em cada ponto de agulha para fazê-lo tinha um pouco de problemas e á cada ponto desfeito tinha uma solução.
O admirável agora virou desprezível. Depois de todas as respostas encontradas para uma só pergunta senti meus pés mais quentes do que o restante do corpo. Finalmente consegui dormir e sonhei com àquela pessoa me dizendo baixinho: - ‘O fundamental não é o amor, mas a vontade de não querer ficar sozinho!’. Olhei para a janela e vi o céu azul bebê sem nuvens. Com um calor fora do comum tirei o cobertor de cima da metade de meu corpo e olhei para o forro. Amanheceu, é hora de voar...
16 abril 2009
Tão bem como ninguém...
‘Vou bater porta pra quem abusou de mim